Como Reú

Ao olhar em teus olhos venho a perceber,

Tamanho amor que minh ‘alma tenta esconder.

Sua boca em meus lábios a se encostar,

Sufocam palavras que este amor tenta negar.

Quero em vão contra este sentimento lutar,

Estou em guerra com meu coração que insisti em te amar.

Sinto-me tão indefesa...

Menina perdida...

Por este amor, agora iludida.

Procuro em vão deste labirinto uma saída,

Mas me vejo assim, completamente presa à sua vida.

O tempo que passo ao teu lado me faz pensar,

Em um sentimento tão sublime de tudo querer recomeçar.

Derrepente a lucidez me traz a realidade,

Nosso amor está embebido em impossibilidades.

Choro agora pela minha incapacidade,

Que transborda esta severa e implacável verdade.

Que me envolve agora com dura cobrança,

Regras que me foram passadas ainda criança.

Não consigo, nem quero acreditar,

Que sentimento tão bonito irá nos condenar.

Subo-me como réu...

Em meio as minhas culpas neste tão súpeto julgar.

Será que é este pecado que irá minh’alma condenar?

Conceitos morais apontam-me, mas sou eu a primeira a me cobrar.

O pecado de te olhar, te desejar, de te amar,

Mesmo querendo, não posso mais deste amor me libertar.

Pois este amor é qual meu próprio ar,

Sim confesso ser culpada, no final serei condenada.

Preciso deste sentimento para viver,

Já não consigo me manter longe de você.

Soraia Felipe de Almeida.

Sol Naynha
Enviado por Sol Naynha em 05/12/2013
Reeditado em 04/04/2014
Código do texto: T4600069
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