O abraç[ad]o poeta...

[...]de repente o amor [a]pareceu tão simples, tão manso..

os passos leves do menino pareceram alívio..

pesadas bolhas nos pés da transeunte de dias passados.

as frases sorriram, soltas..

o tempo pareceu tão pequeno, diante dos segundos!

cada encontro, uma parada lenta..

palavras medidas..

descomedidas, entretanto...

o coração sorriu.

cenários diferentes..

focos..

desfocados?

imagens desenhadas..

e pintou na tela os sorrisos do menino que nunca viu..

mas que lhe sorria por dentro..

ou lhe fazia sorrir no centro

das possibilidades.

O poeta, tocador de almas..

e de trombetas..

que avisam a reviravolta...

O poeta,

menino-verso..

coloriu Menina-rima..

e juntos foram se redescobrir...

o poeta reviravolta...

virou estrela em segundos..

e andaram de mãos dadas..

plantando poemas em almas desavisadas..

espalhando sorrisos em poeirentas estradas..

e o menino lhe sorriu, diante do medo

da geografia..

mas o seu olhar lhe disse..

que o pavor do medo é calmaria..

diante do estar.

Estou.

Estamos..

tocados de almas...

[ e, pela primeira vez na vida..

ela, convicta, interiormente disse: " eu te amo"

que ecoou por dias e dias e dias no coração do menino..

que nem ouviu..

mas sabia..

O menino dos sonhos repetidos.]