Chamas Cegas.
03nov2013.
Reeditado Amor que arde.
As chamas pela noite são almas acesas, em brasas.
Amor, ardendo em mudos açoites queimando a cada vergasta, quando incandescente os corpos se encontram.
Esse flagelo que nos acendem é doce, suave, não deixa marcas. E se deixam algum sinal da sua passagem, é uma lembrança doce que queima o espírito com intensidade e furor.
Denso faz-se. Não se gasta, é farol luminescente na tortuosa tempestade do querer, espelhadas em coriscos sobre ondas crispadas. O amor...
São flamas delirantes ao delir da cidade.
Mas, que adianta o lume perene, se o amor, tocha flamejante do fogo, que arde sem se ver. É o mesmo que nos tornam ofuscados, navegantes e náufragos a deriva se não correspondidos. Segue, incendiando inclementes almas arrebatando-as às chamas cegas carcomendo em línguas e labaredas, até, despojá-las em uma pira no negro e fundo abismo que é a vida.
A paixão que nos consome é do mesmo fogo do Amor.
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