Infeliz (carente), eu?
Infeliz (carente), eu?
Nem sempre! Ninguém é feliz o tempo inteiro. Ninguém vive uma vida de novela: se quebra e se quebra, corre atrás de algo (ou de alguém) e vive feliz pra sempre. Isso não existe.
Continuo com meus defeitos, continuo com minhas linhas tortas... é claro que melhorei, mas não me curei dos meus males, Tenho as minhas partes sujas - ninguém é linda e legal todo o tempo. Isso não existe. Aliás, existe: na televisão, no cinema, no teatro. Ter alguém, família, amigos, não é garantia de ser 100%, existe o dia a dia, existe a rotina...
Porém, o grande segredo é que paro sempre pra pensar no universo de coisas que me circunda. Cada escolha minha gera uma consequência e um leque de nuances onde posso aventurar e de fato, viver algo novo, viver felicidade.
Em nome da felicidade, às vezes é até necessário excluirmos pessoas, apagarmos lembranças, jogarmos fora o que machuca, abandonarmos o que nos faz mal, nos libertarmos de coisas que nos prendem, olharmos pra frente, ousarmos, arriscarmos, não desistirmos, persistirmos e valorizarmos quem nos ama ama, esses sim merecem nosso respeito.
E claro, existe sempre o bom senso: eu, assim como você, gosto de uma vida real - e a minha não é perfeita, nem tem fogos de artifícios a cada dia. Mas ela é real e me faz bem. E isso que vale, que importa. E isso que sempre quero.
* O silêncio nem sempre é a melhor resposta. Texto para uma boca boba.