O que fazer?
Eu me assombro com essa recorrente sombra que nos espera e nos alcança no horizonte...
Lá onde tudo é longe e tão cinza, se aproxima esse porvir limite, essa ausência permanente.
Demência de ir seguindo em frente como se gado fosse... tocado pelo cordão-vida.
E essa urgência de nós, a ânsia do querer dentro e perto. Esse marulhar das ondas de nossos oceanos... Nas águas horas livres vou olhando as sobras deixadas para trás, também absorvo essa maresia, esse absinto. Nessas noites que ainda e sempre viram manhãs eu não sei o que fazer com tudo isso, me resta apenas, nesse instante, virar poesia?