Silêncio Quebrado. Eco e Reverberação.
24ago2013.
Percorrendo os pavilhões, descendo o canal, vibrando nos tímpanos entre o martelo, bigorna e estribo suave música flautim, derrama-se aos caracóis. Mesmo isso não hei de querer interpretado às minhas células nervosas.
Quero um silêncio que não seja quebrado. Ouvi-lo em sua integridade sem ser quebrado por buzinas e sirenes, apitos, frenagens, fábricas em horário de almoço, escolas na hora do recreio, o trem na curva ou sair da estação. Bater de prego, sons de sino, estrondos, portas batendo, vozerio, cantoria, rezas, choro de criança, soluços, torneira pingando, janelas rangendo, cristais se quebrando, casais se amando, gemidos e ais... Pio de passarinho, zunido do vento, insetos na flor nos arrebatamentos de primavera, o rolar e sonidos das folhas e palhas secas. Águas em corredeiras, nas correntes dos rios, nas ondas, nas marés... Quero silêncio. Silêncio continuado; nunca interrompido. Que não esteja aos cacos, roído e roto, ferindo ao zunir a audição expectante.
Não quero o nada simplesmente, quero o nada total, pleno. Quero-o completo. Porque do nada, o silêncio fez morada onde guardado das inquietudes, dos grilhões que lhe tolhem da amplidão. Tornou-se mais tênue que a bruma e a chama da vela, mais sensível que o espelho d’água e haverá de romper-se mesmo diante de abstrato invasivo e pontiagudo pensamento.
Cerro os olhos, e nas trevas o silêncio é a luz que me guia.
Quero um silêncio que não seja quebrado. Ouvi-lo em sua integridade sem ser quebrado por buzinas e sirenes, apitos, frenagens, fábricas em horário de almoço, escolas na hora do recreio, o trem na curva ou sair da estação. Bater de prego, sons de sino, estrondos, portas batendo, vozerio, cantoria, rezas, choro de criança, soluços, torneira pingando, janelas rangendo, cristais se quebrando, casais se amando, gemidos e ais... Pio de passarinho, zunido do vento, insetos na flor nos arrebatamentos de primavera, o rolar e sonidos das folhas e palhas secas. Águas em corredeiras, nas correntes dos rios, nas ondas, nas marés... Quero silêncio. Silêncio continuado; nunca interrompido. Que não esteja aos cacos, roído e roto, ferindo ao zunir a audição expectante.
Não quero o nada simplesmente, quero o nada total, pleno. Quero-o completo. Porque do nada, o silêncio fez morada onde guardado das inquietudes, dos grilhões que lhe tolhem da amplidão. Tornou-se mais tênue que a bruma e a chama da vela, mais sensível que o espelho d’água e haverá de romper-se mesmo diante de abstrato invasivo e pontiagudo pensamento.
Cerro os olhos, e nas trevas o silêncio é a luz que me guia.