Poeira Estelar

Estrelas, muitos trilhões de estrelas...

Pontos, poeiras brilhantes, quasares.

Glitters pálidos no semblante dos Céus.

Por onde passaram meus rastros estelares?

Anos-luz, tempos infinitos, espaços eternos,

Quantos sóis, sistemas, galáxias distantes,

Quantas formas de energia em vidas!

Como viajei por tantas eras errantes?

Estrelas...

Uma estrela. Ao menos uma estrela...!

Uma estrela deve existir entre muitas e tantas,

Por menor e longínqua que seja.

Pelo menos única. Um prisma cintilante...

Um lugar recôndito no Universo

De onde parta a luz, num feixe uno, um lume;

Um pequenino traço ótico

Que se desvie pelas forças do Cosmos,

Que atalhe caminhos, que afronte partículas,

Que escape de limiares de eventos,

Que corte fronteiras de ventos solares,

Que percorra por entre órbitas sextantes

Que perfure a aurora boreal,

Risque a atmosfera,

Mergulhe nas nuvens,

Precipite a pino

Alumie-me o semblante,

Alcance a íris,

Instigue a mente,

Perturbe levemente o âmago,

Alimente a fibra do espírito

Que se abra no espectro cristalino da alma

E me enseje cálidas e ávidas reminiscências...

(dfholanda, Itatinga, SP, 01.11.03 Chácara Água Grande)

Tim Holanda
Enviado por Tim Holanda em 20/08/2013
Reeditado em 20/08/2013
Código do texto: T4443979
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