Bailarina de esquinas

Vivo nas ruas, nas esquinas! 
Meu palco é a rua!
Transeuntes aplaudem,
Meu show continua!

Vivo a bailar na vida!
Qual foi o meu crime?
Ter nascido mendinga,
Meu leito é a rua!

Danço conforme queres!
Às vezes semi-nua!
E o meu corpo traduz, 
Minha dor, meu sofrer!

Sou bailarina de esquinas! 
Meu crime foi por amor!
Peço autógrafos, 
Pra guardar o seu nome!

Danço sorrindo,  rodopio!
Com o coração em pranto!
Vivo maquiando o rosto, 
Me escondendo do amor!

Durmo na rua, sozinha!
Sob uma marquise! 
Se você por aqui passares,
Me cubra com teu corpo!

Espero por um dia!
Cheio de esperança! 
Que venhas de repente!
E me tire daqui!
Vó Didi
Enviado por Vó Didi em 16/08/2013
Reeditado em 19/10/2019
Código do texto: T4437805
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