Arisca
Arisca, ela é
Quase não se vê mais isso
Ultimamente são todas mansas
Fáceis
Dóceis
Arisca, ela é
Se gosto? Claro que gosto!
Não há o que não gostar
Uma malícia tão bondosa
Por ser assim tão natural
Não faz nenhum bem a mim
Mas também não faz mal
Se for pra sentar no colo
Ela arranha
Se for pra fazer carinho
Ela morde
Se for pra oferecer comida
Ela ignora
Mas no meu telhado ela ronrona
Como se estivesse no cio
Ela me chama, e eu venho
Depois se volta à lua e diz não ter sido pra mim
Só as costas se movendo
Ao caminhar
Só ao vê-la assim tão bravia
Já me satisfaz