As aves se aninham enquanto a coruja arrebata em assomo.
O firmamento estendeu um lençol de estrelas fazenda a cama para o descanso.
Uns animais se entocam. Outros das tocas saem.
A lua, maquiada como odalisca, se mostra sem véu, de rosto inteiro.
Logo adiante no asfalto que corta o deserto
A claridade artificial dos postes faz pouco caso do ocaso.
Sob a luz, uma mãe encontra o abraço do filho.
Bazares se fecham, tendas se armam e colocam mesas ...
Um sultão faz happy hour com um emir
Tuaregues vociferam algaravias em celulares
Assustando a bilheteira-florista que vendia sonhos improváveis.
A providencial vendedora de esfihas calou a aflição do faminto
Surpreendido pela hora que ia adiantada.
No oásis a noite se fez plena, contrastanto a harmonia cósmica
Com a efervecencia dos homens.
Byülki
Enviado por Byülki em 11/07/2013
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