Aquarela da vida
E a vida segue, doendo, rasgando e... ensinando. E eu aqui aprendendo, ganhando cada vez mais a consciência dos meus atos e de minhas escolhas. Não ofereço, não faço e não ajudo ninguém sem que eu seja solicitada. Não sou mais a indispensável, a faz-tudo. E mesmo quando solicitada, antes de eu dizer sim, claro, questiono se quero fazer, se tenho tempo... e se eu perceber qualquer dificuldade de minha parte ou falta de vontade, respeito-me... e digo "Sinto muito, não dá."
Não estou egoísta. Mas aprendendo a valorizar a mim mesma, aprendendo a respeitar as minhas vontades, aprendendo a ganhar consciência de mim e de meu lugar no mundo e nas relações. Percebendo o quanto mereço ser bem tratada, assim como muito bem trato a quem eu amo.
Antes minha ajuda era fácil demais, eu estava sempre disponível, a faz-tudo... e a tendência disso era: eu preenchia vazios que também era de responsabilidade dos outros - o que parecia para estes (os outros) ser simples e fácil para mim; é aquela velha história: se tem muito, é barato e, em alguns casos, até desvalorizado; se tem pouco, é caro, é valioso.
Agora parto deste princípio: custo caro, tenho valor!