PARA UM ANJO DE BRANCO

 

 

 

Enfermeira Thaíse.

 


Confesso que te admiro. Isso é um fato!

                                                                          Adoro-te! Isso também é verdadeiro.

 

 

Minha linda menina lembra-te de que tu já foste o meu “copidesque”, por isso eu confio que o amanhã irá te sorrir, pois tu serás uma linda enfermeira desfilando pelos corredores de certo hospital, lépida, linda e prestimosa.

Chamei-te de Anjo sim!
                                                  Porque eu sei que os Anjos, não sabem que são Anjos.

E assim, serás sempre requisitada para medicares aos pobres doentes com o teu sorriso saboroso e anestesiante, e eu sei que farás isso fartamente como um Anjo faria.

Minha linda prescreva e aplique sempre este santo remédio, ele não tem proibição ou outra qualquer tarja convencional, preta ou vermelha.

Digo-te minha linda que a brancura do teu sorriso, essa doce tarja, é a expressão do amor e, esse santo remédio, não provoca os chamados efeitos colaterais.

Na verdade, ó minha graciosa enfermeira, ele é oitenta por cento responsável pela verdadeira cura e, o restante não é da tua alçada, mas sim do inominável Deus que está gravado na nossa psique.

Agora, eu quero te confessar uma coisa, por favor, não ria, é que, quando eu ficar mais velhinho e se for possível, eu quero ser internado no teu hospital.

Sabes por quê?

Explico-te!

Se tiverem que me fazer uma incisão de última hora, por favor, faça-me tu com o bisturi santo das tuas unhas, e depois, que me sutures com o cordão lindo do teu olhar.

Garanto-te que ressuscitarei também no terceiro dia! (risos)

Minha linda, eu acho que estou a tergiversar, porque na verdade, nessa altura da minha senescência, não sei mais realmente o que é mais conveniente para mim, um amor ou uma enfermeira. (+ risos)

Eu acho que vou precisar dos dois. (+ risos)

Seja como for, o que está escrito está escrito, e tudo será como a natureza divina me programou, mas de uma coisa eu não abro mão, é a de ser sempre irreverente e metido a poeta.

Ainda vou consultar num Centro Espírita, para saber realmente, se eu sou mesmo a reencarnação de Voltaire.

François-Marie Arouet- filósofo (1694-1778) foi um crítico sarcástico e irreverente que não perdoava os dito “doutos” da época e nem a realeza, é por isso que eu tenho sonhos, emanações e vontades anímicas de voltar ao século de Voltaire. (risos)

O que acabo de escrever não tem feitura de poema, talvez possamos chamar de: “uma mal chamada prosa”, mas, não sei se concordas comigo, ela ficou engraçada e faz muito bem o meu gênero e não o meu estilo literário.

A minha forma de ser (gênero), é irreverente e hilária, mas tenho plena consciência que corre em minhas artérias (rio invisível), um poeta que ainda não acordou totalmente.

Perdoa-me por esse desvio da natureza e, quem sabe, um dia, acorde do meu inconsciente o poeta que está eclipsado.

Eu tenho a impressão ou é um surto de clarividência que está me acontecendo, pois estou vendo-te sorrir e, se realmente estiveres sorrindo, eu fico feliz porque alcancei realmente o meu objetivo.

Beijos!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 31/03/2007
Reeditado em 13/04/2007
Código do texto: T432201