Aborto literário? Nunca
Nem pensar!
Que coisa horrorosa!
Não, não posso fazer isto.
Seria coisa de louco!
A gente cria, escreve, posta para os amigos,
Uns leem, uns não!
Uns comentam, outros não!
Mas partiu de quem esta nova vida?
Digo nova vida,
Pois vejo nos meus textos,
Toda a minha vida,
Sofrida, alegre, tristonha, feliz!
Em tudo que escrevi,
Coloquei minha alma!
Escrevi, às vezes chorando,
Às vezes dando risadas!
Digitei errado, o dedo não ajuda,
E quando chego no final,
Um amigo me pergunta:
- Vai fazer um aborto literário?
Meu Deus!
É que pensei em excluir alguns textos,
Pois tenho que me preocupar com o leitor!
Não, não cometerei um aborto literário!
Obrigado amigo!
Meus olhos estão bem abertos!
Seria um crime!
Sonhei demais,
Amei demais!
E gerei vários filhos!
Cada um representando uma história!
Cada um me fazendo feliz!
Cada um entranhando em meu peito,
Me fazendo viver nova vida!
Eu amando a cada um
Com esse meu jeito de amar!
Pois sim meu amigo!
Este também é filho seu!
Vai ter que pagar pensão,
Pois dentro das minhas entranhas,
Estou gerando um filho seu!
Assuma! Dê-lhe um nome!
Não abortarei!
Este texto é pra você,
Não foi feito só por mim!
Você é o co-autor!
Cuide dele com carinho!
Tal como tenho por você!