Da janela


Da janela, o colibri
bica o doce dos hibiscos. 
O gato, placidamente,
acompanha o pássaro-passeio...
Do avião, nuvem ausente, 
o traço de fumaça desafia o ponto! 
O pianista que assista ao espetáculo do céu em blues.

Para ler-me a palma, entre raios invertidos, 
o astro Sol embaralha as luzes da ilha corrente. 
A sibipiruna, enciumada, salta amarelinha num só pé.
Contra o muro, apressada, sombra sem dono dá nó no asfalto.