ALINHOU-SE O POENTE A FACE


Alinhou-se o poente numa face demasiada triste e rubra...
E o sol que se descubra, acarinhou-se em vasto leque...
Abristes os imensos braços e nos abraços o envolvestes...
Tecestes o lençol como manto e no acalanto o sorriso...
Renascendo os trigais nos madrigais de uma árdua vida...
Ali contidas todas as lágrimas doridas de uma única alma...
No peito ervas-daninhas envoltos convulsões em prantos...
E os desleais desencantos de um jardineiro do estradeiro...
Que por longas... buscou cultivar as flores e tudo por amor...
Mas, os interpretes não entenderam o dom e a arte de amar...
Então ao calar-se... abortou-se do mundo e morreu por dentro...
Ao relento e desatento... dias e noites de chuvas, ventos e sais...

Porém novamente, alinhou-se o poente e a luz do sol em face...
Aqui em mim renascem os versos... brotam e denotam-se as notas...
São os ancorados poemas florais submersos no íntimo de um poeta...
Sou de amor, falo de amor, vivo de amor e vou morrer de amor...
Assim sou eu e minha face novamente ao aconchego do sol...
Na espera das novas noites de luas e estrelas para fazer amor...

Alinhou-se o poente em minha face... novo sol em renovação...

Alma do Poeta Azul
Enviado por Alma do Poeta Azul em 04/04/2013
Reeditado em 04/04/2013
Código do texto: T4223389
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