INSÔNIA
INSÔNIA
Delasnieve Daspet
Alta madrugada.
Minh'alma navega.
Encontro-me em alto mar.
Cantando e contando
em verso e prosa
os nossos dramas.
Dramas.
A maneira de ver a vida
nas coisas que criamos.
Sono.
O sono perdido na noite.
Noite calma,
Vento frio,
alma passarinha,
eu, viajando pelo éter!
A cama.
Na cama.
Um corpo inerte.
Sem vida.
A ausência.
Sem sorriso.
Sem carícias.
O corpo que já não e vinho,
e sim vinagre,
não se bebe,
não se come.
E entre mentiras
e sonhos,
lá se vai mais
uma noite insone!
Conto às estrelas,
às penumbras e às sombras
da noite negra,
da manhã que chega
a realidade da vida!
E ao tentar te apagar
da memória,
apaguei o sono,
pois se fecho os olhos
ressurges num relance
meu amado amante!
Vivo pois,
num trampolim...
Se deito sonho,
se sonho te vejo,
se acordo,
não estás...
Ah! Insônia!
Só tu a me acompanhar!
*Delasnieve Daspet
09 de dezembro de 2.000
em Campo Grande MS