deixe-se levar
Por que não deixar-se levar pelo leve vento que ondula a penugem do braço
e que lá longe ao mesmo tempo
ondula as águas do lago que se esconde
entre os mares de morros refúgio de um sem número de bichos que balançam entre as árvores ou por entre elas vagueiam em suas lidas
não fazendo planos sob as árvores, não pensando sobre as árvores que frutificam pois tem que frutificar
e quando das árvores as frutas caem e fazem surgir outras árvores que são a massa verde que minha vista alcança na divisa dos mares de morros
cuja linha encontra-se com o céu de um azul cobalto com algumas poucas nuvens que se movem
como meu pensamento se move
como meu pensamento me move levando-me para aquele lugar