As faces

Quem quer mostrar seus verdadeiros desejos?
Ou expor seus sonhos ao ridículo mundo sem sonhos?

Uma pessoa e suas faces de vidro,
Seus diamantes de areia,
Seus medos disfarçados de arrogância.
O desapego de quem já encontrou a companhia de
Seus egos viventes.

Agora o olhar duplo me faz cego.
A cegueira da desconfiança,
Que nos tira o domínio
Do que fazer.

Quem finge, finge por que¿
O fingir se torna real
e o real se torna fingir.
E o destino de fingir
É fazer o real morrer.

Complicar a vida,
É o ciclo de um ciclo infinito.
E a vida se torna atuar
E o atuar se torna viver.
Questionado o ator de si diz:
“me libertar? para que?”

A nova moda surge
E com ela as novas faces aparecem.
É tão difícil ser só um em tempos
De escárnio!

Corte as cabeças de seus egos,
Viva “Uno” e feliz!
Diz o peta de varias faces
No maior artigo de seu deboche.


Bragança-Pará,07 de fevereiro de 2010
Paulo César jr.