As dores
Dor é coisa que renasce, se considerarmos o nascimento que de todos traz sua companhia.
Dor reclama uma solução de quem a carregue com a fala de sua presença.
Dor é interna e externa de quem olha respectivamente de dentro e de fora.
É interna quando se trata de um “si” que dependa somente de nós. E dos nós que a nossa natureza atura.
E externa quando atingida por amor, semi-amor, quase amor... palhaçada e tudo o mais.
Dor é de coluna, calúnia, de cotovelo, mas também se reveza e revela da alma, do espírito: tudo que é da vida, mas também, às vezes, da morte.
Dor é calculada, mas não por nós, pelo menos não antes de nascer.
Mas a dor também dá de corno manso ou não manso, que é aquele que transmite a sua dor pros causadores.
Dor é conseqüência que não se quer por pior que seja o nosso “pecado”.
Enfim, dor é intensa em qualquer frasco: quebrado, amassado ou intacto.