Uma pausa na Cafeteira
Existe, na agitação de meus dias, um espaço para mim. Sentada à mesa de uma cafeteria, nas costas de um diário de classe, o meu lápis começa a semear o sonho. As palavras se encadeiam e elevam meu pensamento, meu corpo se torna menos tenso e meu sorriso se esboça à lembrança... e a musa aparece como em magia, deslubrante, dançando descalça naquela contracapa azulada. A palavra desejada se acomoda a outras tantas, até a chegada do ápice, quando o poema está pronto, na rima, no rítmo, na métrica e na beleza. Esqueço o café que esfriou na mesa, recoloco o diário de classe na bolsa e retorno novamente aos meus afazeres.