MAQUIADA DE ILUSÕES

Aquele olhar intenso, antes de ir, se despediu com um adeus, sem negar o amor sentido. Aquela paixão louca, nada pouca, acabou, a-ca-bou!

Os seus sentidos são seus, apenas seus, sem coberta, descobriu o encanto desencantado, foi uma linda história de amor...foi!

Não ofegue em sensualidades de carne, maquiada de ilusões em alma, não escute o que não gritam na sua solidão, não se iluda com esta obsessão, coração que sangra de passado. Foi alado, foi amado, foi dia, foi tarde, foi noite, mas se foi...

Não se engane querendo proteger o que um dia acreditou, guardou e no desespero da perda, da insegurança desconfiada blasfemou, até presenteou, lembra?

Fica o sussurro da despedida com carinho, apenas isso e faço das suas palavras, as minhas:

"Ninguém pode amar se o coração não sente. Só a razão acontece..."

Mas lhe respondo, a emoção é consequência da razão e a razão não acontece com ilusões.

“Vem, não me desmente!"

O coração partido está muito inteiro, inteiro de caprichos latentes, inconsequentes, tristes, mas não arrancado por ninguém, porque presente de Deus, é sagrado, não é mesmo?

Tantos presentes ganhos e dados foram recebidos e dados de coração, acredito mesmo!

Mas a cortesia foi suada, digna de uma verdadeira verdade. Quem sou eu para julgar a dignidade de alguém?

Prefiro viver somente dos meus eus, massageando meu lindo umbigo exibido, mas jamais de coração partido e de cabeça erguida,

de mãos dadas com a verdade sempre e também, na "PAZ".

Não protege não, não mesmo! Por que insiste em enganar e se enganar? Não lhe incomoda se acomodar, tanto, tanto assim?

Por que insiste em gritar com mentiras? Por que ronda o vazio?

O que foi profundo, está guardado, lá no fundo da alma. Não mate o que foi vivo, não mate trapaceando e ultrapassando um passado. Agora, apenas suas, suas ilusões, apenas as penas, que pena!

Por que insiste no obsessor do poder querer e ter? Para quê? Se só o que pode e consegue é se matar e matar muitos dos

seus, por Deus, perceba, não os use em vão, não, não!

Nem Deus e nem o amor, por eles lhe peço, reze de verdade, pare de pedir com falsidade e agradeça, a-gra-de-ça!

Sinta o seu próprio perfume, a verdadeira essência do respeito próprio que se esqueceu, mas ainda não morreu, ainda há tempo,

tempo para gritar com vozes profundas, protegendo o que se busca, na dor, na tristeza, na angustia que se plantou, um verdadeiro horror, jamais amor, ja-mais!

Mesmo registrado, não pode ser realizado com verdades, porque não houve, nem há, pois isso, foi maquiado, facilitado.

Perdeu a verdadeira essência, a transparência da verdade.