E o poeta segue...
O poeta segue driblando a sua finitude em cada gota de eternidade que a Poesia lhe dá. Segue fazendo chuva, florindo o tempo, germinando o amor nos olhos da Vida.
O poeta segue... e seu olhar para o mundo torna o mundo mais doce, menos seco da secura da Razão.
E o poeta segue lançando beleza ao vento, plantado amor na palma da mão do mundo. O poeta segue e encontra outros poetas, com quem faz pacto de sangue poético _ pois nem a morte os separa.
O poeta segue ouvindo e entendendo estrelas, com a alma que a Poesia lhe dá. E só a ele. Esse povo sofrido e extremamente vivo. Esse povo cujo coração abrange o corpo inteiro, o mundo inteiro, a vida inteira. O povo inteiro... de poesia.
E o poeta segue transformando percalços em arte; sofrimento em poemas _ excelente matéria prima!
O poeta, o povo que se une ao pôr-do-sol, debaixo da Lua, a caminho do Paraíso... da Poesia.