Prazer e Dardos
Então afaste-se, o mais rápido que puder e não me esconda...
Então afaste-me, bem de vagar e se esconda...
A Luz do retrovisor foi diminuindo, e eu estou indo embora mais uma vez, não sei por mais quantas vezes vou ter que passar por isso, talvez por todas que sejam necessárias até que tudo se ajeite.
Tenho ficado meio longe de tudo; do meu esporte, dos bares, das noites e manhãs, tenho me distanciado dos que eu achava que me completavam por mais que achasse que estivesse vazio, tenho passados no amanhã, mas não consigo chegar.
Tenho matado pra não fumar, respingando prazer a cada estação do ano, rádio e metrô, mastigando centavos de prazer e prostituindo sonhos.
Acordo com a luz acesa de uma lâmpada apagada, suando perfume barato, flertando com a mariposa que voa entre a janela aberta e lamparina.
Sinto falta, como mortal que sou.
Sinto dor, como mortal que é.
Sinto e nem sou.
Atiro-me em alvos em movimento.
Acerto pesadelos destrutivos, me acalmo com tatos maleáveis.