Matei a borboleta por amor (1998)

Matei a borboleta por amor

Me perdia, perdia-me entre versos, pensamentos, ideias a tenter explicar o amor, mas como os outros nenhuma explicacao encontrei, pois há tantos amores quanto amores. Via-me amando a vida, porem esperando a morte, pois essa ainda não possuía, olhava para meu reflexo na água, nada via se não água, olhava para o céu, porem este estava mais distante do que imagiunava, então olhei para baixo, senti-me distante da terra, foi então que percebi que haviam barreiras atrás das barreiras. Tirei a vida de uma borboleta que passava, será que a amava?, deixei-a espetada sob a madeira para nunca fugir de mim, roubei a vida e ela roubou-me a inocência, maldita, mal-dita!

Quantos hão de passar em frente aos meus olhos ate que descubra o significado, quantos?

Por onde passo não vejo, olho, não ouço escuto, não falo digo, mas por que?

Quantas vezes que olhei para dentro e nada vi, se não escuridão. É bizarro, nada há nexo, sentimento insano, paradoxo!

Não existira, existirá quem saiba mais do que quem não sabe, pois não há explicação, pelo menos há de ser sentido, mas não visto nem olhado, é uma pena, é uma pena.

Tamnil Saito Junior

(1998)

Tamnil Saito Junior
Enviado por Tamnil Saito Junior em 17/02/2007
Código do texto: T384200