ONDE ANDA A HUMANIDADE.

Pelas ruas da cidade, vejo tanta iniquidade em meio à vaidade.

Onde anda a humanidade?

Quantos passos em descompasso reprimindo a sua dor, tu ó meu menino, pés descalço, entorpecido só pedindo, que te olhes com amor.

Onde anda a humanidade?

Aprisionas o semelhante em tarefas degradantes que a ti não serviria, o teu ser jamais faria, pois não julgas com valor.

Onde anda a humanidade?

Entre iguais um só afago tua ira despertaria, puro ato repudia atacando em demasia e suas almas sangrariam.

Onde anda a humanidade?

Os teus ritos tem mil deuses, guerreando entre si, a fé pouco importa, só a soberba e tirania, fazendo do medo seu texto sagrado.

Onde anda a humanidade?

Suas cores preferidas não se misturam com as demais, só talvez em carnavais, ao ouvir os seus tambores te envolvendo com a alegria que desde sempre os negastes, ironiza sua arte.

Onde anda a humanidade?

As belezas do seu mundo se escondem em aranhas-céu, respirar um ar mais puro é uma grande fantasia e tuas águas quem diria quase ouro tornariam.

Onde anda a humanidade?

Faz tão pouco da sua vida, apodrecendo seus valores, machucando seus amores em dissabores com horrores.

Ser humano, ser profano, ser teu ser, sei que seria te olhando assim me refaria quem sabe até evoluiria.

E saberia onde anda a minha humanidade.