PIEDADE SENHORA!

 

 

 

 

I-                  Ó minha senhora amada, do instante em que te vi naquele 16 de novembro, confesso-te que fiquei cativo à tua formosura.

II-              E daquela noite cheia de novembro e escura que foi a minha vida, de repente, amanheceu para mim uma nova aurora rubra de sonhos, assim como a bouganville que se esparrama na minha janela.

III-           Perdão senhora minha, pois desde aquele dia a minha alma te adora, e foi feita prisioneira da tua meiguice e da tua perdida doçura.

IV-           Esse é o meu amor, assim o chamo de eterno nesses mal chamados versos, pois ele brande na minh’alma com uma doce loucura e uma indizível ternura.

V-               Piedade senhora minha e muito amada, não te ofendas por te amar tanto, pela forma inocente e mais do que explícita. Por que senhora minha amada, o meu carinho que os teus olhos de mel possam tê-los, servirá como um guia de luz a alumiar o meu caminho.

VI-           Quão doce foi a minha perdição em fitá-los, pois agora, até querê-los cheguei. E tão só por vê-los, minha senhora muito amada, hei de morrer de amá-los.

VII-        Piedade Senhora, por te amar tanto com esse amor que parece torto. Desculpe senhora, mas foi o teu jeito de me seduzir, que fez com que o meu coração e a minh’alma ficassem assim tortos por ti.

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 06/02/2007
Reeditado em 06/02/2007
Código do texto: T371669