*_ BRANCA DE NEVE DAS
PRIMAVERAS...




Aquele vento rasteiro do sudeste que falei, agora
caminha ao sabor do inverno pelas ravinas e
abismos profundos, cantando seu eco gelado.
O que faz um homem são seus sonhos...suas
metáforas...suas ações...
Algumas pessoas são amaldiçoadas pelo
conhecimento que tem e se escondem deste
mundo nas cores.
Nas poesias...na couraça de um rosto serio ou no
fio da espada brilhante.
Cavaleiros são enigmas da primavera ao verão,
do outono ao inverno.

Assim são as faces destes homens poetas que, sob o
manto das palavras, descrevem as agruras, os
sonhos e as esperanças daqueles que não sabem
traduzir os sentimentos, mas que sentem
intensamente.

Essa é minha sina como um Cavaleiro.

O poeta cruza o caminho do sol e do gelo para
acordar a Branca de Neve com seus beijos
encantados.
E nesse rosto traz uma vivencia que ainda
ninguém sabe.
Muitas histórias por contar.
A chuva fina e fria molha o chão salpicado de
pedrinhas e acostumado as agruras da vida
caminha em direção da grande floresta, onde a
face daquela que ele apelidou o aguarda.
Sua princesa que a muito tem dormido enfeitiçada
e em seus sonhos profundos tem chamado por
aquele que vem...
Acordem poetas, vamos nos unir, a hora é
chegada !
Não posso mais estar sozinho...preciso de ajuda
para lutar contra os monstros que povoam a
imaginação das sombras.
Um cavaleiro solitário pode ser bonito de se
imaginar...
Acordemos as Brancas de Neves que, vós chamam
tanto quanto chamou a mim...