MORTE OU SORTE

Não faço idéia dessa dor que grita,

Cada dia um corpo, uma vela e flores,

Desde o primeiro dia a primeira morte,

Não é conto é história sem magia.

Para cada mil que some, um milhão me assusta,

E o mundo segue enquanto o sol resiste.

Numa existência de milhões e milhões de anos,

Condena-se um menino pela descrença,

Sentença: a eternidade num inferno.

Salve o pai que tudo criou ou o diabo que se apropriou.

Dessa dor que grita, qual idéia fazer?

Cada dia mais um corpo vai enfeitado de flores,

E os fantasmas dançam o silêncio da dúvida,

O que farei se durante o sono eu morrer?