Notas de saudade

Ao fechar olhos posso relembrar de uma pureza à qual tenho certeza que não haverei tê-la novamente.

Pureza de iludir-me com as pipas que costumeiramente colocava a decolar nas noites, para que assim eu conseguisse tocar as estrelas, estrelas brilhosas que me dizia: Você irá conseguir!

Como toda criança meus sonhos momentâneos seriam às realizações futuras, sem causas para tirar-me foco e com foco, mesmo não sabendo concretamente sua denotação.

Sonhava em ser poeta, poetizava meu sonho em devaneios de emoções, seguia sorrindo e dizendo que pedras eram castelos e castelos uma simples vertente de comunhão.

Comunhão essa que sinceramente o a denotava sem pausas, simplesmente por ter ouvido outrem falar, pois nem mesmo conhecia seu significado.

Mas então o porquê a denotar?

Por brincar, por sonhar e não me preocupar com quê outrem pudesse achar, pois poesia pra mim sempre foi à "arte de brincar com os sentimentos", mesmo sem saber escrever, pois lápis não denotariam

minhas dores, mas às dores denotariam o meu ser.

Assim eu seguia, sorrindo nas veredas que o me cercava, cercando os sentimentos em desabafo rítmicos, tais quais orquestravam o meu peito, mesmo ainda não conhecendo o compasso do coração, quem dirá às notas que viriam a ser minha vida.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 15/04/2012
Reeditado em 16/04/2012
Código do texto: T3614821
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