Até te encontrar

Até encontrar o meu amor eu vivi navegando mar afora guiando-me pelos sentidos, Minha alma o procurava sentindo-o no pulsar do sangue que corria em minhas veias. Quando as águas do mar estavam calmas não havia perigo para mim, a força do amor que eu tanto queria encontrar me dava a proteção e a certeza de que em algum lugar o encontraria. Ele também estava a me procurar e a certeza de encontra-lo era a força encontrada em cada dia ao sentir que ele, o meu amor, também estava vindo em minha direção. Esse amor é de corpo, de alma e de coração, entrelaçado pela saudade mas certo de que íamos nos encontrarmos um dia. Eu o amava muito e a saudade, como um corte de navalha, feria o peito fazendo doer o coração que parecia sangrar. Durante o dia eu esquecia a dor mas à noite, sem um sinal da sua presença, eu acalentava o sonho de encontra-lo. Um dia era alegria e esperança, outro, desespero. Pensava que poderia ser loucura ou ilusão mas o coração dizia: acredite na força do amor presente e saia à rua, caminhe entre a multidão a chamar por esse amor, nela encontrará a minha doçura, a ternura da minha vida e o seu grande amor e assim eu quase podia vê-lo e senti-lo, sabendo que o meu amor estava ali, naquela paisagem de flores, nas margens do mar com as águas esverdeadas onde poderíamos nos encontrar ouvindo as velhas canções entoadas nas grandes embarcações pesqueiras. Talvez ele, o amor, não estivesse lá naquele momento, mas, onde estivesse, também absorveria esse mesmo sentimento e mesmo se houvesse desencontro a ternura em que estávamos envolvidos renovava a esperança em nossas vidas. Sei que esse sentimento não era mera ilusão pois sendo um amor de verdade ficara guardado em nossas almas desde um outro tempo passado, assim o nosso amor reviveria esse tempo no presente e a sua vida, meu amor , também a minha, enfim, as nossas vidas, serão sempre de um amor eterno. Diante disso tudo os meus sentidos quase me deixavam ver que o meu amor estava ali, bem perto, no meio daquela multidão de árvores frutíferas do pomar habitado por toda espécie de aves e pássaros e ele, o meu amor, também sentiria o pulsar do meu coração e eu, a sua amada, queria reencontra-lo pois sentia que ele estava próximo, cavalgando pelos campos, a me observar à distância, assim fazia sentir-me protegida e mesmo não podendo vê-lo continuo contando as horas, os minutos e os segundos para pensar que o meu amor está chegando.

Mayra sissa
Enviado por Mayra sissa em 01/04/2012
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