Algumas Histórias VII

Festa Junina na praça do Bairro Peixoto

Copacabana, início da década de noventa

Eu e mais três amigos resolvemos abrir uma barraca

Vendendo salgados, cerveja, quentão e batida de coco.

Aproveitamos uma árvore que tinha um forte tronco horizontal

A mais ou menos dois metros do chão

Fizemos de teto e sustentação

Escrevemos no tronco com tinta branca um conhecido chavão:

“Quem procura acha aqui”

Por quatro dias foi nossa vendinha, nosso ganha pão

E o quinhão fervia, e a cerveja não dava vazão

Para satisfazer a freguesia, tivemos que comprar em novo endereço

Quando acabava o estoque comprado do mercado, a saída era o bar do Carlinhos

Comprando gelada e mais cara e revendendo com nosso preço.

No último dia de festa caímos na folia também

Os bolsos cheios de grana e a madrugada chegou

Fecharam-se os bares, acabou-se a bebida

Mas eu ainda tinha disposição para ir além.

Mesmo de calça e camisa nova peguei a bicicleta

Pedalei no calçadão até a praia do Leme

Lá eu sabia que tinha um bar que não fecha

Cheguei lá estava lotado – parecia que todos tiveram a mesma idéia.

Depois de mais três horas de copos e novos amigos...

Resolvi pegar um ônibus e voltar para minha casa

Mas antes de dormir alguma coisa eu estava dando falta.

Ao acordar com minha cabeça em brasa

Entrei na ducha fria e voltou minha memória...

A minha “magrela” dormiu ao relento!

Essa realmente ficou para a história.

André Anlub

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