Inércia
Encontro o tempo, mato as horas no pensar...
Receio o amanhã... a probabilidade e a improbabilidade da inércia...
O nada... a ausência do verbo;
E de repente, não me vejo mudando... sou impassível quanto a vontade alheia.
Movo a mente, os planos, a idéia... mas não movo meus pés,
Sinto o mundo girar e não me levar a lugar algum...
Então eu invento um roteiro...
Para pouco depois queimá-lo da força do vazio... da indiferença.
Mas tenho o vento... a sensação da liberdade,
Temo por uma voz que me diz que eu não sei usá-la da forma correta...
E troco os pés pelas mãos e eu lanço no espaço o que me sufoca...
E de vez em sempre eu atinjo a mim mesmo no novo giro que o mundo dá!