O PAPEL E A CANETA

Não há melhor consolo do que o papel e a caneta. Ali, podem-se depositar todas as dores, todas as raivas, todos os sentimentos desordenados, todos os amores abortados, todos os sonhos que se perderam na extensão da vida.

No papel, não precisa de reservas, de medo de ser julgado. Há apenas o alívio imediato e puro de poder ser completamente verdadeiro. E é por conta deste alívio que ameniza as cargas, que escrevo.

A escrita é para mim, como o ar fresco é para os que se afogam; como a oração para os deseperados. É o sentimento de liberdade tão forte, que me tira o chão e me faz voar. Voar por meio das palavras que se desprendem de mim e elevam-se por si mesmas.

Escrevo para eternizar sentimentos/pessoas/momentos/lugares.

Escrevo para poder sobreviver a mim mesma.

Tx. de Freitas, 17 de março de 2012

Hari Alves
Enviado por Hari Alves em 17/03/2012
Código do texto: T3559263
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