Caminho

Durante muito tempo ele tentou se iludir,

achando que haveria uma maneira de sair.

Olhava, esperava, perscrutava, tentava e caia...

caía no chão frio da realidade a todo momento,

buscando se manter firme em seu objetivo.

Qual objetivo?

Ele não sabia,

não tinha,

ou temia não ter.

Se era fútil ou nobre? Tanto faz.

Tanto faz, não importa!

Era um objetivo, e isso era claro.

Não, não era claro,

Isso era importante.

As vicissitudes vacilantes do destino,

cruel,

frio

insensível

- como se o destino se importasse com

sensibilidade,

gentileza,

afeto

com qualquer pessoa, ser, objeto, ator uo diabo que seja!

Ele não importa.

Quem não se importa?

O Destino ou o destinado?

Ninguém se importa se chegaria ou não chegaria.

Agora, ontem ou amanhã...

Assim foi durante muito tempo.

Tempo em que ele caminhou e perseverou.

Por quê caminhar? Não é seu papel? Por quê insistir no jogo?

É verdade, por quê?

Ele não sabia, ninguém sabia, ainda assim ele continuava.

Tolo? Tolo. Definitivamente Tolo.

A saída estava lá, há todo tempo.

Por quê ele não a tinha visto?

Tinha visto.

Ela lhe era conhecida.

Almejada, porém rejeitada, agora a saída de tudo era o que lhe restava.

O caminhar para o caminhante, por vezes é mais importante que o caminho.

É verdade, porém agora era tarde.

Tarde.