SAUDADES DAQUELES POETAS

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- Diga...onde estarão todos os amigos hoje?..vamos!

- Perguntes alí, às flores dos verdes ramos!

- E os modernos poetas, aonde andam, companheiro?

- Perguntes acolá, àquele verde pinheiro.

- Ora, bem sabes desta clara minha angústia...chegarão a tempo? nossos prazos cumprirão? tirar-me-ão desta tão massacrante penúria? Ai, Deus, estarão eles todos vivos e sãos?

- Garantias queres de vida latejante?! Se não sabendo demonstrar, exageraram! Ou fizeram do amigo próximo, o distante, ou em nome do imenso amor suicidaram...

???!!!

- Mil vezes não! Recuso terminantemente qual mártir, entregar-me à cousa iminente. Enredar-me-ei em tristonhas, funestas veredas até que o carrasco lance-me às vís labaredas.

- Mas a quê ruínas te entregas? que pensamentos! manda a razão que não te sofras; e sofres?! Se "terminantemente" é só o começo dos teus lamentos, como sei. Com sôfregos apelos, tu nada te acresces.

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- Caríssimo: não compreendes minha aflição. Eis que lhe devo, nesta hora a explanação: ... Ai, Deus, estarão eles todos sãos e vivos? A compartilharem poesias com outros amigos?

- As flores dos verdes ramos já te disseram pois, que outros poetas os induziram às melhores paragens; e assim, eles partiram. Doce ilusão de que tua vã poesia eles quiseram.

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- Infortúnio!... com nova república sonhamos. Vislumbrei minha criação aprimorar e novos talentos vimos desabrochar. Até mesmo obra, em nossas mentes, publicamos.

*&%$#?"#@

- Se trazes nos lábios palavras enfadonhas e termos de escutar aborrecentes ais ... sugiro fora desses sonhos que te ponhas, ou vá desaguar prantos noutros carvanais!

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- Seguirei o conselho, sábio protetor. Procurarei na vida aquilo que é sensato. Despeço-me nest'ora da tormentosa dor e deixarei de ser uma pedra no teu sapato!

- Deves é apartar-te das ideias fixas e alavancar com novas e boas propostas pois, como sabes, abstrações são prolixas se no chão não fincadas aos teus pés e estes às botas.

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- Oh, mudas flores dos verdes ramos e tempos. Nunca tão tristes vistes um coração partido. Vês os meus amigos nos teus sombrios campos? Não vês este semblante pálido e enternecido?

- Ai, rapariga ... tome pela mão a amiga ... tímida tal qual semente de romã. Não lhe apraz uma tarde em Itapoan?! Construam uma doce e cantante cantiga. Essa amiga deve de ser a meiga Tainan!

- Em concordância, possuo agora a mas branda calma, pois aquele caro amigo ali, que tanto deseja, em torno de uma mesa, poetas e cerveja, tece poemas como quem arremata um'alma. Atinas a quem seja? é o caro Djalma!

- Repare. Inda ao teu lado tamanha delicadeza. Desde menina faz romântica poesia. Anseia liberdade e toda a beleza qual o voo do anjo que anuncia o dia ... Cotovia plagia a doce e bela Ana Maria!

- Ouça ... vindo de lá um canto puro e sem temor. Declama Patativa ... e Zé da Luz ... é muito, muito mais do que um mero desejo. Sim, eis que agora a nova república revejo. Ele representa o povo que bem conhece a dor... e o amor. Ilustre poeta e amigo, Salvador!

- Mas ... lembre-se: amigos e poetas nem sempre se descobre sem a formosura do impulso daquela que é nobre e que, com tal sapiência, no quadro traça a linha das eras ... e a estiiiiiiica tal qual suculento spaghéééééétti ... Nossa Douta Profª Angela Maria Gasparetti!!.

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Marisa Silveira Bicudo
Enviado por Marisa Silveira Bicudo em 19/02/2012
Reeditado em 05/05/2014
Código do texto: T3508103
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