Vícios d'alma
Minuto a minuto seu corpo a absorve
A cocaína que trava seu celebro,
E totalmente o consome
Este poder abstrato incompleto.
Ela vai envenenando seu sangue
Instrumentado por um tanque,
Seu corpo não aceita mais a verdade
E só pensa em roubar sua felicidade.
A noite é uma arma pra te rodear
Trazer a mordaça aos seus olhos,
Imacular o declínio de sua vida
Sem que possa encontrar a saída
Nesta arma inata e imperialista.
O sobejo é algo humilhante
Sem calma, sem serviço,
Até mesmo sem língua operante,
Envolve-te numa nostalgia degradante.
Vícios d'alma que o destrói
No entanto, seu coração corrói
Erradica tal consciência
No estado líquido desta viu violência.