Cuidado...
Eu peço que tenha paciência, dê-me suas mãos, compreenda minha urgência. O gosto de menta é seu, minto se disser que não. Quero da sua boca meu alimento.
Peço que me guie, cega sou sem os espinhos dos seus lirios. Se não é nosso, esse caminho, não quero eu pousar minhas letras em outro ninho. Prefiro, quero, peço as farpas de um amor vadio a viver em terreno baldio...
Suas mãos eu quero a esgueirarem-se em meu destino. Cave, escave minhas entranhas à meia noite ou sol a pino... Tenho urgência, mas comigo, tenha paciência. Posso quebrar-me sem o tato da sua pele, sem o cheiro do seu riso.
Cuidado ao me deitar palavras, cuidado... Eu peço, mas não me ouve, eu tenho urgência da sua paciência...