Mundo paradoxal

Entende-se a esta vista proseada

Empinando a sua própria palavra,

Conspirada além deste sol

Nas curvas métricas do anzol.

Inalteradas soberbas da vida alheia

Nutricionando uma inerte viela inteira,

Na insípida modéstia prisioneira

Faz-se improvisando a sua cordilheira.

Medidas de uma palavra morta

Rugem aos sóis desta libertinagem,

Subtraindo o alvorecer da imagem

Mundo paradoxal enrolado

Imprevisível sentimento armado,

Naquilo que nada se suporta.

Instrumento acentuado em alto prazer

Sem palavras, sem fios de prazer.

Somente o começo se tem por viver.

Cresce a volúpia palavra imponente

Deserdada de sua própria vida,

Simplesmente não sobrevivida

Outrora a si mesmo se faz ausente.

jesse ribeiro felix
Enviado por jesse ribeiro felix em 07/02/2012
Código do texto: T3485256
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