Eu sei...
Eu sei que minha alma dos seus dedos fogem. Eu sei que além da carne desejas minha submissão, minha devoção. Eu sei.
Sei de meus olhos que dos teus se retiram no minuto que precede teu êxtase. E ao descer minhas escadas vejo meus sonhos ali pisoteados pelos seus. Um quase aborto manchando de sangue meus quartos, onde escondi meus tesouros, planejei meus partos, acariciei tantos e tantos versos tortos...
Eu simplesmente sei, que assim, novamente te enlouqueço e ao envolver minha cintura desejas o céu e a lua enterrados entre meus seios. Sei dos meus mergulhos rumo ao obscuro quando te deixo à deriva em seu solo seco comendo a poeira dos meus devaneios.
Eu sei, eu sei, eu sei!
Eu sei dessa culpa, desse remorso, bisturis tatuando a ferro e fogo
minha pele, medula, entranhas e ossos... E ainda assim, te amar, já não posso. Não tenho de mim, a posse...