Não era eu, nem você
Deixei-me ir, deixei de rir, parei de sentir...
mas ontem senti sua falta; falta de coisas que nem conheço.
Passei pelas ruas e vi aquele vazio, e tudo se abafou.
Até olhei pra um mocinho bonito, mas não era você, não era eu.
Não era, aquela sua risada “engraçada” engasgada...
Vou ter que fugir de novo, nem sei mais o quanto já fiz,
só sei, que dormi, sonhei, tive pesadelos, e estou com muito sono.
Perdi um tal “cristal”, bebi uma tal bebida, dancei todas as músicas,
mas não era eu, não era você me olhando e não eram suas músicas!
Ó fuga cruel, alívio mais que imediato, sorriso abafado...fingindo ser assim.
Da janela do quarto vejo nuvens caminhando, num baile aritmado,
porém com maestria... mestras trazendo um temporal....
Quem dera eu, poder bailar no céu, percorrer o mundo sem hora pra voltar,
e com você lá embaixo, recebendo toda a forma de amor, derramados pela minha poesia.