Braços de ferro
Ouço seus etéreos segredos
Não hesitando o seu lado negro,
Pois solidifica este ávido movimento
Perante o relógio que conta o tempo.
Conspira-se na noite este versejar
Transpirando esse meu espírito apressado,
Algo que o vento não pode levar
Nem mesmo curtir o meu segredo exalado.
Braços de ferro compõem - se em terra
Sustenido esta tremenda guerra,
Escurecendo minhas vistas descortinadas
No semblante dessa vida conspirada.
Brisas soltas de vibrações esquecidas
Rasgam-se na eternidade solar,
Pensamentos que assim escrevem esta letra
Naquilo que s'alma simplesmente sustenta,
Vislumbra o momento que aqui se pode amar
Na solicitude dessa lembrança sempre amiga.