VINTE E SEIS DE MARÇO
VINTE E SEIS DE MARÇO
(Todo dia um pouco. Há muito tempo)
Foi uma dor física, palpável...
Nos dias seguintes, expandiu-se/
Impregnava vestes e sonhos/
Permeava os diálogos
Amarelava os sorrisos
Fenecia os amores restantes
Os minutos rangiam
Arrastavam-se/
Numa tristeza sufocante
Como um lento afogamento
À noitinha ninguém chegava
vinham lágrimas doídas
Sob os lençóis insones...
Foram dias terríveis
Que amarelaram meus sorrisos/
Para sempre...