VINTE E SEIS DE MARÇO

VINTE E SEIS DE MARÇO

(Todo dia um pouco. Há muito tempo)

Foi uma dor física, palpável...

Nos dias seguintes, expandiu-se/

Impregnava vestes e sonhos/

Permeava os diálogos

Amarelava os sorrisos

Fenecia os amores restantes

Os minutos rangiam

Arrastavam-se/

Numa tristeza sufocante

Como um lento afogamento

À noitinha ninguém chegava

vinham lágrimas doídas

Sob os lençóis insones...

Foram dias terríveis

Que amarelaram meus sorrisos/

Para sempre...

Nairson Luiz Santos
Enviado por Nairson Luiz Santos em 25/11/2011
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