NO AUGE DA SABEDORIA

No auge da sua sabedoria

Resolveu o Santo e criador

Criar o mundo e o mundo dizia

Que ele, de tudo era Senhor.

Fez o céus, o mar e a terra,

Mas, mais havia mar e mais águas

E na terra havia chão, havia guerra,

E no mar lançavam as suas mágoas.

No auge de tudo fez o homem

Que não o quis ver na solidão,

Nem nas angustias que consomem,

Nem deixa-lo na densa escuridão.

Já no fim de tudo, o começo

e no começo o fim de tudo.

Mas da alma humana o apreço,

E do apreço o desalento agudo.

Assim é o mundo que criaste,

Cheio de paradoxos, igualdades,

Nos paradoxos foi que quedaste,

Nas muitas outras, as saudades.

E no senso de justiça, justiça,

No mundo que criaste, criação,

Para os olhos vem a cobiça,

Para a cobiça a perdição.

De tudo que criaste no mundo

A dor mais cruenta é a solidão:

A de sentir no fundo, no fundo

Que ninguém se importa não.

Quanto a este "balagan" filosofal

Que eu cismo para a compreensão

E no fim entendo menos, racional,

Mas quando entendo, é confusão.

(YEHORAM)

BALAGAN = CONFUSÃO EM HEBRAICO

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 15/10/2011
Reeditado em 06/12/2013
Código do texto: T3278802
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.