NO AUGE DA SABEDORIA
No auge da sua sabedoria
Resolveu o Santo e criador
Criar o mundo e o mundo dizia
Que ele, de tudo era Senhor.
Fez o céus, o mar e a terra,
Mas, mais havia mar e mais águas
E na terra havia chão, havia guerra,
E no mar lançavam as suas mágoas.
No auge de tudo fez o homem
Que não o quis ver na solidão,
Nem nas angustias que consomem,
Nem deixa-lo na densa escuridão.
Já no fim de tudo, o começo
e no começo o fim de tudo.
Mas da alma humana o apreço,
E do apreço o desalento agudo.
Assim é o mundo que criaste,
Cheio de paradoxos, igualdades,
Nos paradoxos foi que quedaste,
Nas muitas outras, as saudades.
E no senso de justiça, justiça,
No mundo que criaste, criação,
Para os olhos vem a cobiça,
Para a cobiça a perdição.
De tudo que criaste no mundo
A dor mais cruenta é a solidão:
A de sentir no fundo, no fundo
Que ninguém se importa não.
Quanto a este "balagan" filosofal
Que eu cismo para a compreensão
E no fim entendo menos, racional,
Mas quando entendo, é confusão.
(YEHORAM)
BALAGAN = CONFUSÃO EM HEBRAICO