NOSTALGIA

Acho que estou ficando velho

Tá tudo diferente...

O mundo todo tá frenético

Sei porque eu tenho espelho

Já não mais, sou interessante

Sou um velho caquético

Nem sempre foi assim...

Já tirei muito suspiro das mocinhas

Elas... sempre piscavam pra mim!

A balada era o baile

O taxista, o chofer

A cortesia e a educação, não eram só manias!

Linguagem diferente, era só o Braille

Não tinha essas gírias, difícil de solver

Saber o Hino da Nação, era obrigação!

Confesso, que adoro o cinema moderno

Mas sinto falta de verdadeiras histórias de Amor

A música continha uma belíssima melodia

E não só percussão...

Os filhos, não saiam sem o beijo materno

No banheiro, qualquer um, era cantor

Pois, a felicidade, era um sentimento geral

E não um paradoxo, algo fenomenal

Nada ortodoxo; simplesmente uma assimetria

A simplicidade fazia parte do cotidiano

A labuta era feia... mas, valia a pena

A honra era uma questão de dever

E não um ato facultativo

E provinciano...

O chapéu era um acessório indispensável

Do cidadão, que já pensava em se precaver

E não usar de método paliativo

O tempo passa, o mundo muda!

O que hoje é essencial e aproveitável

Amanhã, será arcaico e vetusto

O Jovem de hoje, será o velho de amanhã

E sua cultura, uma peça de museu

Sua ideologia, talvez possa à ser um marco imutável

Uma Filosofia de ordem profunda

Quem sabe? Só o tempo, nos dirá...

Aí você será, amanhã, como eu...

Apenas um ancião!

Apenas um ser na memória...

Mas quem sabe, um mestre no espírito e no coração.

Somente, de você mesmo... dependerá!...

Hernandes Leão
Enviado por Hernandes Leão em 15/10/2011
Código do texto: T3277400