UMA PROSA NO ESTILO COLOQUIAL PARA GLAUCI

UMA PROSA NO ESTILO COLOQUIAL PARA GLAUCI.

Imaruí – SC. 12/12/2005

No Princípio, Fez-se a Luz!

A inspiração hoje me fugiu, por isso, eu quero manter uma conversa coloquial contigo, numa prosa simples sem as costumeiras verbalizações especiais, mas sim como a gente faz quando está junto.

Tenho uma necessidade muito louca de conversar contigo, é lógico, fora do meu mundo existencial da poesia, do raro, mas usado estilo árido dos Parnasianos, como também dos questionamentos filosóficos improdutivos.

Quero conversar como gente simples, sonhar como gente simples, cometer os erros simples, amar como gente simples, e até sentir o teu cheiro de mulher simples.

Tocar em tuas mãos, abraçar o teu corpo e sentir o calor humano de que tanto necessito.

É bem verdade que quase estou me dirigindo a ti.

É de ti que quero todas essas coisas que, aliás, acho que é tudo o que foi reservado para mim na vida.

Gostaria de conversar contigo desta forma informal, para saber um pouco mais da tua vida, dos teus sonhos, dos teus desejos, do que fazes e como fazes, e se realmente tu sentes necessidades de mim?

Saber também dos teus momentos de alegria e de laser, e qual o teu real envolvimento com a vida, com os semelhantes, com os amigos, com as amigas e, evidentemente, com os sonhos?

Preocupa-me saber se tens alguém em teus olhos e que ainda dormita em teu coração, escondido no teu inconsciente.

Se ele não existe, será que estás preparada para este novo envolvimento?

Quem sabe, eu sou apenas um indivíduo que apareceu na tua vida de maneira inexplicável, fazendo com que tu te envolveste platonicamente comigo sob o constante bombardeio de poemas.

Pois agora, eu quero te dizer que os meus poemas são realmente mísseis confeccionados para realmente implodir os corações solitários, principalmente o teu.

Sei que tu és muito especial, sincera, sensível e que tens me oferecido bons momentos.

E isso me deixa muito feliz, pois é assim que o meu coração te sente e os meus olhos te vêem.

Mas, às vezes, os nossos sonhos divergem, as nossas aspirações são diferentes e, no fundo de nossas almas, desejamos sempre uma coisa diferente ou nova.

Nada conheço de ti, a não ser, os contatos on-line que mantivemos de forma tempestiva e rápida, todavia querida Glauci, estou sinceramente inclinado a te amar.

Não sei se o mesmo acontece contigo, apenas eu suponho, e assim, necessito das tuas palavras quentes e afetuosas para que, eu possa me estabelecer com segurança nesse envolvimento blandicioso.

Eu gostaria que tu fizesses uma descrição tua, isto é, uma auto-descrição física, espiritual e emocional.

Preciso conhecer o teu perfil existencial, pois apenas sei que tu és linda, que tu és um sonho do tamanho dos meus desejos e, sei mais ainda que, tu caberias definitivamente em minha vida.

Nada faz com que eu me esqueça de ti!

Naquele momento em que te vi naquela foto, houve algo estranho.

Talvez uma transladação de alma fizesse com que ficássemos aprisionados um no outro.

E nesse banho divino de energia anímica, ficamos envolvidos como que por um raio de luz que nos magnetizou.

Deve ter havido um componente não-físico que nos atraiu, talvez, a emanação e o emaranhamento fluídico proveniente de nossas almas que, há muito se buscavam em perdidos sonhos.

Se esse envolvimento por força do destino não prosperar, mesmo assim, serei o mais feliz dos homens e, assim sendo, eu também desejo que tu sejas a mulher mais feliz do mundo.

Minha formiguinha, por favor, morda-me!

Inocula em mim o teu santo veneno e eu ficarei sonolento na turva embriaguez desse amor...

Um beijo sincero sem pretender ir mais adiante.

Só se tu quiseres é claro!

Tu és o meu sonho!

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 24/12/2006
Código do texto: T327166