VOCÊ
Você chegou, não pediu licença, entrou no meu coração
e na minha vida; como uma chuva de inverno no sertão,
que, se sabe que vai chegar, mas não se sabe quando.
Você trouxe a chuva para minha vida e o sol também.
A chuva levou minhas lágrimas, o sol me tirou do frio da solidão,
e você, deixou-me na agonia desse amor platônico.
Queria ser seu luar, sua lua, sua estrela,
e que você fosse meu sol, mas você partiu
e deixou-me na agonia desse amor platônico.
Você chegou escancarando as portas e janelas do meu coração.
Sentou-se, olhou-me, beijou-me, amou-me e partiu.
Deixando-me na agonia desse amor platônico.
Hoje, meu coração está de portas e janelas fechadas;
sem trancas ou cadeados; estas, fechadas pelo medo,
o medo de amar, de sofrer, de viver.
Esses cadeados e trancas são invisíveis, por isso,
intransparssáveis, indestrancáveis.
Você deixou-me ao relento, condenando-me
ao destino dos apaixonados sem amor.
Condenou-me a essa agonia desse amor platônico. Você!
Natal-RN, domingo, 26 de junho de 2011.