Minhas lágrimas

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Quando imersa em trevas infinitas

de chuvas ilusórias deduzi um dia

estar finito meu caminho, pasmei.

Minhas lágrimas, diamantes transformados,

apontavam em meu jardim abandonado

um botão de rosa, o mais tenro e singelo por ninguém suposto.

Em gratidão extrema, com minhas mãos dele perfumadas

afaguei o mundo, celebrando as incessantes rajadas divinas

que jamais desassistem o sonhador perdido

em seu fortuito claustro de nostalgia.

Inês Marucci

Inês Marucci
Enviado por Inês Marucci em 29/09/2011
Código do texto: T3248309