Olhando o lirismo da chuva
Olhando o lirismo da chuva, podemos inferir acerca de
suas funções poéticas e empíricas.
Ela já inspirou amores enxarcados de prazeres, já
refrescou corpos quentes de um calor tórrido, alimentou
poesias e vidas vãs.
Ela desce com um bailar da mais bela silhueta do sonhar.
Alimenta o solo, as plantas, faz produzir alimentos, mover
cidades, acumulando-se e nos fornecendo sua firmeza para
produzir a luminosidade num breu intenso.
Ah chuva! Tu que tens o poder de nos fazer viver e
fenecer em teus momentos de de amor e insensatez. Tu que
lavas nossas lágrimas com teu macio deslizar em nossos rostos
emocionados. Tu que vens ora bailando, ora apressadamente,
mostrando que és poderosa e indomada em teus momentos
de amor e de fúria.
Chuva. Oh, chuva! Não deixeis de vir, mesmo que seja para
satisfazer teus mais íntimos desejos em teus momentos de amor
e fúria.
Chuva, tu és essencial e essência do mundo!