A tristeza mendigando felicidade
Como estou pensando agora não importa, e se realmente importasse não me convinha sorrir. Talvez eu não tivesse nem forças para está aqui e falar um pouco sobre o que me aflige. De repente eu fecho os olhos e começo a esquecer as coisas que me perturbam, circundam-me uma cerca que me faz pensar que nunca voltarei a ver por detrás do meu muro. E a única certeza que tenho é a liberdade expressa na minha imaginação, a única que tem todas as chaves para todas as portas que me proponho a fechar quando não estou pra ninguém, muitas vezes nem pra mim mesma.
Eu nunca quero sair de lá, mas sempre é preciso viajar para resolver os problemas, porque trancar-se e ficar esperando que o tempo os deteriore é perder-se num desencontro sem fim onde os lados nunca se encontram e desejam 'bom dia' à 'meia noite' sem chance de juntos verem o sol se por.
Essa inquietação me confunde e vivo como se tivesse comprado uma passagem sem volta, em que não tem mais dinheiro, num lugar onde o ônibus passa sempre lotado e minha imaginação não funciona. E eles me perturbam, me enlouquecem e fico triste desesperadamente. Machuca quando a dor resolve invadir e penetrar fazendo com que você sofra porque é preciso sofrer e que sorrir mesmo estando com lágrimas transbordando por dentro, você deve está sempre sorrindo, porque você não será capaz de dizer que os palhaços também choram.
Apesar de está sempre flutuando em meu pensamento, sonhando o mais alto que eu posso ir, quando volto para a vida real o meu instinto egoísta do meu jeito imperfeito de ser sempre pedi baixinho...
- Me dá um pouquinho de alegria? Nem precisa ser felicidade...
Disponível também na minha coleção do pensador: http://pensador.uol.com.br/colecao/evelyndias/