RIMAS DO MEU SEGREDO





Quando o poeta escreve, sinto a respiração mais leve. E a saudade do que ainda não li se antecipa à próxima poesia. 

Agora aquele verso é um trampolim de onde salto para alcançar as coisas que calei. Ele recria o que não disse em voz alta e parece adivinhar as entranhas da minha prosa muda.

Seu poema revela o meu segredo em verso exposto. Delata o que tentei deletar. Há nessa poesia uma espécie de segunda chance. Outra vida.

Em suas mãos a palavra é aquarela que tinge a inércia com as cores transgressoras. E esta liberdade, em verso, retira as algemas do meu silêncio, outra vez.

Quando o leio sou ainda mais livre. E impura como a felicidade possível.





(*) IMAGEM: Google

(*) versão modificada

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Dolce Vita
Enviado por Dolce Vita em 26/07/2011
Reeditado em 26/07/2011
Código do texto: T3120223
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